Texto de Patrick Cruz, e eu assino embaixo:
No futebol, o mais importante está fora de campo. Quase sempre.
- Nenhuma cidade deu ao estado de Santa Catarina tantos governadores quanto Lages. A última vez que um lageano ocupou o posto de governador foi em 1966, exatamente no ano em que o Inter de Lages ganhou seu título máximo na primeira divisão do estadual – que valia pela temporada de 1965 - Nenhuma cidade de Santa Catarina, além de Lages, teve um presidente da República. Nereu Ramos, o ex-presidente em questão, que assumiu o posto após o imbróglio causado pelo suicídio de Getúlio Vargas, foi a primeira pessoa a assinar o Livro de Ouro que marcou a fundação do Inter de Lages
- Por décadas, Lages sustentou a arrecadação tributária de Santa Catarina, no auge do chamado ciclo econômico da madeira. Não por acaso, uma araucária estilizada, símbolo desses tempos de opulência, é a figura que se destaca no belo escudo do Inter de Lages
Há muito o Inter de Lages, um dos mais longevos e tradicionais times de futebol de Santa Catarina, agoniza. Os patrocínios minguaram, a audiência rareou e os gols tornaram-se mais escassos, mas os exemplos acima mostram que o clube é símbolo de algo que vai além de seus resultados em campo.
Torcedores e simpatizantes do clube, o Leão Baio, o Leão da Serra, vão comemorar os 60 anos do Inter de Lages neste sábado, com chuva, sol ou neve. Os patrocínios minguaram, a audiência rareou e os gols tornaram-se escassos, mas há quem saiba que valorizar esse passado de relevância inconteste também é torcer por um futuro mais alegre – para o clube e para a cidade. No futebol, o mais importante está fora de campo. Quase sempre.
Apareçam!
SERVIÇO
O quê: Homenagem ao Inter de Lages pelos 60 anos de vida
Onde: em frente ao Vermelhão
Quando: 13 de junho (neste sábado)
Horário: das 10h às 11h30min (mesmo com chuva)
Traje: ao menos uma peça com vermelho e branco. Se quiser ir de pilcha, ótimo. De prenda, melhor ainda!
Apetrecho: cuia numa mão e bergamota. Futebol em Lages não existe sem bergamota!
Por quê: e por que não?