Adeus, Aujor

Vitimado pelo câncer, Aujor Branco de Moraes deixou-nos na manhã desta terça-feira. Um dos ícones do timaço de juvenis que o Inter teve nos anos 50, Aujor vestiu a camisa colorada de 1950 a 1956, jogando também nas categorias de aspirantes e profissionais. Em janeiro de 1957 Aujor se transferiu para o Juventus, de Rio do Sul, e depois para o Carlos Renaux, de Brusque, onde foi tricampeão municipal. O ponto mais alto da carreira do zagueiro-central Aujor foram os anos defendendo o Avaí.

Depois de um amistoso entre os avaianos e o Flamengo, do Rio, foi convidado a jogar no rubro-negro carioca. Porém, noivo e apegado à vida tranqüila de Florianópolis e à estabilidade do emprego no Banco Agrícola Mercantil, não quis trocar as tardes do Adolfo Konder pelo glamour do Maracanã.

Aujor residia em Balneário Camboriú, com a esposa. Tive a oportunidade de entrevistá-lo para o livro do Inter. Falava com imenso carinho do Colorado e da cidade de Lages. Sempre que se recordava de uma história, me telefonava, para dividir as lembranças e dar boas gargalhadas.

À família, nossos sentimentos. Nome maior da história do futebol de Lages, Aujor agora irá defender times celestiais, ao lado de seu companheiro Zequinha.
Descanse em paz, meu amigo. Muito obrigado por tudo.

Na foto do Inter bicampeão de aspirantes em 1954, Aujor é o terceiro em pé, da esquerda para a direita.