Perder é do jogo

Perdemos. Perdemos um jogo que era até previsível, para um time mais experiente e mais apoiado por sua cidade. Ou melhor, mais apoiado pelos empresários de sua cidade. Porque no quesito torcida nós vencemos por 1500 x 300. Mas o fato é que perdemos, lá se foram três pontos, e ouvi muita bobagem por aí.

Não é honesto reclamarmos dos jogadores. Todos eles, sem exceção, estão começando a carreira e têm se dedicado de corpo e alma ao Inter, mesmo sem as condições ideais. Houveram falhas nos gols. No primeiro, Gabriel tocou uma bola para trás e ela caiu nos pés do Sadan, que acertou um chute indefensável. Disseram que foi falha do Diego, e não foi. Diego falhou apenas no bate-rebate do segundo, mas esse gol se originou de um erro grosseiro do bandeirinha. Nas fuças dele uma bola foi tocada para lateral, e ele deu escanteio. Revi o lance cinco vezes. Não há dúvida, era lateral, mas foi marcado escanteio, e do escanteio e da falha de Diego saiu o gol.

Não podemos reclamar do Gabriel, que para mim foi um dos melhores no primeiro jogo. Nem do Diego. Tenho visto os treinos, o preparador Coelho quase tira o couro dos goleiros.É um trabalho sério. Mas falhas acontecem. Júlio César, o melhor do mundo, falhou na Copa. Diego pode falhar na divisão de acesso.

O Inter precisa ser pensado para além dos resultados. Precisa ser pensado para ocupar o espaço que lhe é de direito. Passos importantes foram dados. Da torcida, que foi em excelente número ao primeiro jogo, numa demonstração emocionante de carinho. Disso decorreu a fundação de uma nova torcida organizada. Da Superauto, que agora patrocina a camisa do Inter, e que merece nosso aplauso.

O que fazer? Ir ao jogo no dia 5. Vamos levar o nosso apoio, mostrar à cidade (poder público, políticos, empresários) que estamos junto com o Inter, e que apoiaremos quem apoiar o Inter.

O Inter pode até perder jogos. Perder é do jogo. O que o Inter não pode é deixar de existir.